Videira Escreveu:Robson, vc acha que ir de bmw é muita roubada? Eu queria muito fazer esta viajem na gordinha. Da pra programar a revisao em Manaus.

manueljs Escreveu:Minha opinião sobre uma viagem como esta é que, para viver a viagem, alguns desapegos devem existir, não necessariamente ocorrerá extremos, mas é possível.
Situações de pontes caídas, e nesse caso, da um jeito de continuar ou volta?
É tiver que dormir no relento? Come-se o que? Leva um estilingue para matar passarinho e fazer uma janta? Dependendo do lugar, se a moto quebrar no inicio da noite só no dia seguinte para resgate, sinal de celular é luxo por ai!!
Se a moto quebrar, para colocar em um santinhas para resgatar, é na mão dos nativos que ela encima do caminhão, o cuidado pode não ser tanto!!
O peso de motos grandes, em dias seguidos de viagem em estrada de chão pode levar o piloto a exaustão, calor, poeira, alimentação em horário diferente ao habitual, falta de condicionamento físico, tudo conta.
A moto, na minha opinião, quanto mais simples melhor, quanto mais leve melhor.
A questão das revisões para manter garantia é outra coisa, como será mais de uma moto, será que conseguirão alinhar a KM ao ponto de que todos precisarão da revisão no mesmo ponto e assim manter a garantia? Pode ser mais interessante talvez ir em uma moto 250 ou 300 para a aventura e se virar por lá de qq jeito!!!
Ou por fim, esquecer tudo acima e ir com as motos de hoje, e ter rosa logística de apoio para panes secas, conserto de problemas mais simples e tal!! Pode-se até, contratar um caminhão de apoio e dividir entre todos, fica também em conta. O caminhão faz o trecho junto com as motos e em caso de pane a solução com certeza fica muito mais em conta.
Muitas formas de fazer está aventura, que por suas características é muito bonita para tê-la no currículo.

robram Escreveu:Depende, do seu grau de pilotagem off road, e a epoca q vc pretende ir, na epoca de chuvas com moto pesada, esqueça, inviavel, vc vai destruir a moto, pq nao tem jeito de nao cair ou nao derrubar a moto.
Na seca vai tranquilo, leve 02 pares de filtro de oleo e ar.

Eu enviei minha moto ate Maraba no PA, pra mim é ali q começa a parte boa da BR230, antes é so asfalto e stress com transito pesado.

Fiz revisao em Humaita, depois de muito po, e continuei pela BR319.

Um roteiro bem feito, nao deixa ninguem na estrada, nao precisa dormir no meio do mato, salvo alguma emergencia.

Nossa equipe, em todos relatos q acompanhei, foi uma das unicas q conseguiu sair de Humaita e dormir em Igapu-Açu.

O calor é insuportavel, entao concordamos em sair sempre cedo, acordamos no primeiro dia as 5h, e saimos as 7h, nos outros dias acordamos as 5:30 e nunca saimos depois das 7h. Em Humaita acordamos as 4:30 e antes da 6h ja estavamos no portal de saida da cidade, neste dia rodamos 430 km da temida BR319 ate as 18 horas.

4 pessoas é o maximo para uma aventura destas, pessoas com capacidade de desprendimento, corajosos, aventureiro, pro-ativo, com muita vontade, daqueles, q desce da moto ja com a ferramenta na mao, para consertar a moto do outro. Ou que ja vai preparando a corda para puxar o amigo, ou se prontifica a buscar ajuda.
A transamazonica nao tem segredo, ha lugares com transito intenso de caminhoes, e motos, ha vilas, a combustivel, mesmo em lugares q nao ha posto, ha os restaurantes q vendem, tem as pistas de voo, do lado da estrada q vendem...

Sim é a maior aventura em solo brasileiro, mas mais do q grandes ou pequenas motos, o maior obstaculo é a organizacao e a entonaçao entre os integrantes.

Nos tocamos juntos, de longe...Ninguem andava colado um no outro o tempo todo, o po te faz manter distancia, para sua saude, e claro pela visibilidade. Alem de que, manter distancia é uma regra de segurança, se o da frente cai, vc nao passa por cima dele.

Tenho renite alergica cronica, usei o tempo todo: mascara de pintor e um lenço ou balaclava de lycra, e o po nao me atrapalhou, usei um capacete off road com viseira oakley com lente fume, bota de trilha, comprei uma calça pro tork (R$ 100), q usa por cima da bota e tem bolsos, joelheira asterix, colete integral alpinestar e camista de trilha, desta forma sempre estive protegido e nao passei tanto calor. Esqueçam roupas de cordura...
Levei um camel back de 3 litros, apenas para agua de emergencia, pq nao conseguir usar ele nas costas dia todo, o peso, me dava dor nas costas, ficou amarrado na moto.

So uma das tornados teve pane seca proximo a Jacareacanga, e levamos combustivel reserva no trecho da BR319. Mas depois de 100 km de Humaita tem combustivel, e em Igapo Açu tambem, é so comprar dos pescadores, q usam nos barcos. Em Igapo Açu tem um hotel muito bacana, com restaurante, foi show de bola alcançar este lugar...Alem de que la tem um boto q vem na margem do rio (ja apareceu em varios canais de TV)

Ate hoje tenho saudades desta aventura, uma vez por mes, revejo as fotos. E como ja mencionei a proxima vai ser com chuva e com meu filho...

Boa aventura !

Videira Escreveu:Robson, obrigado pelas dicas.
Na verdade, é uma coisa meio inexplicavel, mas tenho vontade de ir com a gordinha. Eu pretendia ir ao Ushuaia este ano e pensava na transamazonica pra daqui a uns 2 anos, mas como nao programei nada ainda talvez inverta isso. Ainda vou pesquisar muito, mas é aquilo meio que do desafio de sair da porta da minha casa com minha moto e voltar com ela 1 mes depois...
Eu quero tambem ver que peças sobressalentes levaria comigo. Por isso, se fosse pelo menos mais uma pessoa, poderiamos dividir o peso das peças e ferramentas. Tenho uma tendencia pessoal a viajar sozinho, mas pra um lugar destes, se der uma pane na moto ou se cair feio, sao dias ate conseguir chegar a alguma cidade maior.

Andre RS Escreveu:Boas dicas !!

O risco maior para uma F800 é ter uma pane eletronica .......que precise de um reset completo...dependendo onde vc estiver , Fudeu !!!

Moto para a BR230 >>>>>>>Loading....