Obrigado Guilherme!
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Obrigado Guilherme!
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Sensacional Guilherme! As indicações vem.de muito tempo mesmo!
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Um excelente material e que nos faz viajar no tempo.
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Depois de um longo intermezzo e já que estamos ainda em comemorações dos 40 Anos da GS, acho que fazer um resumo de como ela surgiu seria interessante e oportuno.
A História da BMW GS – Gelände / Strasse (Cidade – Campo)
Parte 1
A BMW sempre enxergou nas competições a maneira mais eficaz de mostrar o desempenho de seus produtos.
Com o início em 1923 e o lançamento da R23, um ano após já estava nas competições na Alemanha e com êxito total.
Os anos 20 e 30 foram dominados pela BMW, incluindo aí os recordes de velocidade.
Os anos 60 marcaram o mundo todo com o início da invasão japonesa, com motos de alto desempenho, bom design e preços baixos.
Toda a indústria motobilística sentiu o baque, muitas fecharam as portas, notadamente na Europa.
Ainda nos anos 60, alguns entusiastas do Enduro, montavam ou adaptavam suas BMWs para participar destas provas.
Anexo 11000
Kurt Distler em 1968 no International Trial Six Days (ISDT)
Ainda nos anos 60. Herbert Schek corria com uma BMW modificada.
Anexo 11001
Outro foi Rüdiger Gutsche que era engenheiro na BMW e participava de competições com uma R75/5 modificada.
Mas nos anos 70 a Yamaha XT500 e a Honda XL250 tomaram conta do cenário Enduro mundial.
Anexo 11002
Anexo 11003
Apesar da expertise de Schek e Gutsche na BMW, a fábrica decidiu desenvolver um protótipo de moto para Enduro fora de casa.
O Diretor Técnico da BMW Hans-Gunther von der Marwitz era muito amigo de Massimo Laverda na Itália e eles resolveram na metade de década de 70 construir protótipos com motor e câmbio BMW e Chassis Laverda.
Em 1977 dois protótipos com motores R65 de 800cc foram feitos. Para economizar tempo de desenvolvimento o chassis era Laverda, garfos Marzocchi, cubos e aros da Grimeca, tanque Bernardo Mozzi, acessórios de direção da Magura e banco Giuliari. Os projetos estavam a cargo de Alessandro Todeschini e Nino Verlicchi.
Em 5 semanas montaram as duas primeiras:
Anexo 11004
Mesmo que essas duas não fossem consideradas protótipos de nenhuma máquina futura de série, Piero Laverda, irmão de Massimo, as descreve como os avós - não os pais - da GS.
Com certeza esses modelos tiveram um papel importante no que viria no futuro. Não é por acaso que esta Laverda-BMW tinha uma série de semelhanças com os modelos da série GS: garfos Marzocchi, um quadro especial e motor 800cc. A motocicleta que tem mais chances de se adornar com o título de Pai das GS, por outro lado, foi criada novamente nos corredores da BMW: uma boxer enduro com motor 800cc que o gerente de testes da BMW Lazslo Perez montou em suas horas vagas.
Anexo 11006
Lazslo Perez
Quando as mudanças nas regras para o campeonato off-road entraram em vigor em 1978, a nova geração de BMW Enduros oficiais e as “feitas em casa” foram apresentadas ao público.
No evento em Besenov em maio deste ano, os três conceitos GS foram apresentados lado a lado pela primeira vez: a construção própria de Herbert Schek com 800cc baseada em uma R65, a Laverda-BMW pilotada pelo piloto de testes da fábrica Helmut Pohl e finalmente a 800cc de construção própria do gerente de testes BMW Lazslo Perez, e que pesava apenas 142kgf.
Neste ano houve mais dois eventos óbvios que, em última análise, impulsionaram o desenvolvimento de fábrica da GS. Perez venceu uma prova na batalha BMW na classe 750cc em sua motocicleta e ficou em segundo lugar no campeonato off-road alemão, atrás de uma Kawazaki convertida e usada por Rolf Witthöft.
A estagnação do desenvolvimento dos negócios, também causada pela gama de seus modelos clássicos de motos, a competição de mercado mais acirrada e o dólar fraco, que prejudicou particularmente as vendas no mercado americano, teve impacto enorme. A empresa BMW precisava agir. Uma solução já estava sendo trabalhada: os novos modelos K, movidos por modernos motores de três e quatro cilindros refrigerados a água e injeção eletrônica de combustível, mas que levaria alguns anos antes que esses modelos entrassem em produção em série.
Inspirado por seu sucesso no esporte cross-country, Perez viu a possibilidade de um modelo de série seguir em frente. Com a ajuda de alguns colegas, mais uma variante foi criada e desenvolvida, da qual a GS finalmente emergiu. Este protótipo foi denominado internamente com o nome de Diabo Vermelho (rote Teufel). Perez mais tarde relembrou as circunstâncias: “era um objeto de teste e construído apenas para experimentar coisas diferentes. Tinha muitos anos de experiência off-road e pensei que deveríamos desenvolver algo novo”.
Anexo 11005
A história segue....
Guilherme
Bela e rica história!
Obrigado
Estou aguardando a próxima parte....[emoji41]
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Muito bom, Guilherme. Já estou ansioso pela continuação.
Ah…. Que raiva…. Não podia contar a história inteira! [emoji23][emoji23][emoji23][emoji23][emoji23]
Obrigado Guilherme por compartilhar!
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Alguns esclarecimentos:
- Aos mais novos, usei o termo Cidade Campo como tradução livre para o GS Gelände-Strasse, que ao pé da letra é Campo-Rua da Cidade.
O termo Cidade Campo era a definição da saudosa Rural Willys, que se usava tanto na cidade como no sítio ou na fazenda.....
- as informações e fotos são do Livro "BMW GS Die Erfolghistory der Off-Road-Legende" ou BMW GS a História de sucesso da legenda do Off-road.
Daqui do fórum que eu saiba, eu tenho o livro obviamente e também o Iceman, que atende pelo apelido de Thomas. Tem muita informação, mas alguns detalhes tenho de outros livros.
O interessante é o início e os porques. Depois do sucesso no Paris Dakar, vou apenas citar os modelos e fichas técnicas de cada uma e em que ano.