Postado originalmente por
Gnegraes
Luiz,
Potência e torque do motor aliado ao peso do veículo são as premissas de partida.
Basicamente a definição das relações de redução de cada marcha do câmbio é definido pelo projeto do veículo como um todo, onde o projetista sabe o que se espera do desempenho do veículo em cada situação, p/ex. baixa velocidade e alto torque, se 1a. marcha longa ou curta, ou qual a desmultiplicação na(s) marcha(s) longa(s), etc.
O projeto define quais as velocidades esperadas para cada marcha do câmbio.
Dai se parte para os números de dentes de cada par, pinhão e coroa. Num par de engrenagens, a menor se chama pinhão e a maior coroa.
É definida uma distancia entre eixos com o espaço menor possível ocupado pelo câmbio, que deve sempre ser compacto.
A distância entre eixos é verificada de modo a confirmar diferentes pares de engrenagens com as reduções desejadas. Caso não, se altera a distância entre eixos até que se obtenha todas as relações de pares de engrenagens desejadas. É um processo de tentativa e erro, com aproximações sucessivas.
Essa distância é então fixada e rege o resto do projeto do câmbio.
Em alguns casos a relação de redução ou desmultiplicação desejada não pode ser alcançada devido à distancia entre centros de eixos fixada, para aproximar o mais possível da premissa inicial, se faz a correção de perfil de dentes.
O torque a ser transmitido por cada par de engrenagens define a largura delas.
Normalmente as engrenagens são de dentes helicoidais por 2 motivos: a) transmitem o mesmo torque com largura menor (mais compactas), pois o torque se transmite pelo comprimento do dente e não pela largura da engrenagem e b) dentes helicoidais são muito mais silenciosos, ao contrário de dentes retos.