Ir para Atacama no inicio de Julho...

[profCarlos]

Amanhã pretendo fazer um apanhado geral, com algumas fotos e tentarei postar.

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[Luis Plein]

Prof. Queremos saber também como foram as passagens pelos Pasos da Cordilheira? frio, neve, sol, calor, tonturas? Vai postando as fotos.

[Vicente AR]

No aguardo das fotos e relatos tb professor.

Abraço

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[profCarlos]

Bom, vamos lá!

Primeiro: Uberlândia x Sertãozinho
No ano passado fizemos Uberlândia x Cascavel em um único dia, sem problema algum. Mas desta vez foi a opção por termos saído bem a tarde. Trecho rápido, conhecido, com pista dupla e calor.
Berço e cedinho para fazer frente a pista simples.

Segundo: Sertãozinho x Cascavel
Pista simples, mas sem movimento, nada de novo e com temperatura agradável.

Terceiro: Cascavel x Resistência
Frio logo cedo, chegando em Foz a temperatura subiu e ficou agradável a travessia em Puerto Iguazu foi rápida e sem problemas.
Chegando em Corrientes (trecho desconhecido, mas com GPS) chuva, muita chuva, até Resistência. Descobrimos que o conjunto "impermeável" da Janaína saíra da validade. Tudo bem que era antigo, mas eu havia gasto um tubo de impermeabilizante. Ok, a chuva foi "maligrina" !
Chegamos perto das 17h e já estáva escuro. Choveu a noite toda e esfriou 12°C e descendo.
Chegamos no hotel (na praça central) banho e berço. Estavamos prontos às 7h, mas a chuva não cedia, logo, enfrentamos, pois havia previsão de, nos próximos 100 km ela parar.
Quarto: Resistência x San Salvador de Jujuy
Colocamos a cara no vento que teimava em deixar a temperatura na casa dos 8,5°C com chuva, andamos algumas horas e fizemos uma parada estratégica em um posto YPF, climatizado e limpissímo, para colocar mais um blusa. Neste trecho, encontramos, no acostamento, todas as espécies da arca de noé. Isto com exagero, sem exagero: peixe, porco, pato, galinha, burro, ovelhas, bodes, vaca, cavalo e não podia deixar de faltar, cachorros. Os únicos mortos foram os peixes. No Pampa del Inferno, temperatura baixa mais um pouco, com vento e pouca claridade eram 15h com luminosidade de 17h30, quase noite. Isto por conta de nuvens bem carregadas, que, felizmente, deixamos para trás. E o tempo chegou a abrir, com sol. Quem é do sul sabe como é isto no inverno. Depois de Monte Quemado a estrada esta com trechos em recuperação e com muitos buracos, correr, nem pensar. Uma situação que quase se tornou um problema foi termos confiado que todos os postos aceitavam cartão de débito ou crédito, tivemos que trocar dolares.
Quinto: San Salvador de Jujuy x San Pedro de Atacama
Poucas nuvens e a decisão, acertada, de colocar mais roupa (calça segunda pele e um moleton; blusa segunda pele, uma camiseta, outra segunda pele, um moleton, luva segunda pele) saímos com 12,5°C, que em menos de 50 km se tranformou em -1,5°C. Assim como no carro, se a temperatura baixar de 3°C o marcador de temperatura começa a piscar e ascende a luz de alerta para possibilidade de gelo na pista. Além do sinal se repetir no GPS, inclusive com sinal sonoro. E assim foi toda a subida, acompanhada por um céu azul, com sol e poucas nuvens. E o primeiro grande complicador: os filetes de óleo que caem dos tanques de combustível dos caminhões (tirei fotos) e as pedras que, também, se depositam nas curvas. Hora a temperatura chegava aos 12,5°C e depois despencava, mas ao chegar a certa altitude ela não passou de 8,5°C, claro que a sensação térmica era muito inferior. Antes de Susques, já era uma constante, ao lado da pista, as formações de gelo e o vento que obrigava uma pilotagem com "malabarismos", que diga-se de passagem é engraçado e que se acostuma. É claro que há que se observar a intensidade para evitar riscos.
Após a passagem na fronteira, somos azarados, chegamos depois de um ônibus mas o tramite foi realizado de forma tranquila, iniciamos a primeira descida e a segunda subida e a partir dai a temperatura despencou, mantendo-se entre 2°C até -2°C. Lógico que a sensação térmica era de uma temperatura muito menor. Em dado momento eu pensava que o aquecimento da manópla estava no nível 1, apertei o botão para ir para o nível 2, e como já estava no nível 2, desliguei-a. Em segundos a mão começou a congelar.
Chegando na maior altitude, para fazer as curvas, senti que a Frida comecou a sofrer, estava em sexta marcha e quando acelerava ela não respondia. Achamos muito interessante e rimos, pois algo havia feito a alemoa sofrer. Porém, bastava bater uma marcha para ela parar de sofrer, mas foi somente um trecho com muito frio e altitude.
A tática de não sair muito cedo, se mostrou acertada, pois o sol havia realizado o seu trabalho de degelar um ou outro gelo na pista, muito pouco mesmo. Chegamos ao entardecer em San Pedro de Atacama e na descida que leva até a cidade a temperatura saiu de -2°C e chegou a 18°C.
Esta foi a ida...logo mais tentarei postar as fotos e discorrer sobre a volta. Que me desculpem pelo texto longo e enfadonho para alguns.
Ótimo dia.




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[profCarlos]

Registros: minha esposa vem cada dia mais se superando como garupa. Nesta viagem, novamente saiu-se muito bem como fotografa. Apesar de nossa decisão de só fotografarmos de um posto em diante da ida.

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[CM-R1200-GS]

Prof.Carlos,

Belo relato.

Em janeiro farei esse seu caminho de ida, porem voltando, pois vou Santiago antes.

Na espera das fotos !!!!!!!!!!!!

[Luis Plein]

Legal, Prof. Já está batizado, agora é mais alegria ainda.

[sal silva]

Legal essa viagem na era do gelo rs.Só não entendi como os peixes estavam no acostamento e não nos rios.rs

[profCarlos]

Querido Sal Silva, os pescadores colocam alguns peixes em uma espécie de varal de madeira, ao lado do rio, para serem vendidos. Kkkkk

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[profCarlos]

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