Moto pifou na Cordilheira: o que fariam?

[Olive]

Fico imaginando... estou só, atravessando a Cordilheira dos Andes em direção ao Atacama via Paso de Jama... Atravessei a fronteira com o Chile e, aos 5 mil metros de altitude, a moto pifa, apagou tudo, sem sinal de vida, sem luzes no painel. Não há sinal de celular. Tenho água, algumas barras de cereais e um SPOT (aparelhinho rastreador que manda mensagens) e são duas da tarde, mês de setembro, final de setembro (não está tão frio a essa hora). Faço o que posso pra verificar algumas coisas na moto e encontrar o defeito mas não tenho experiência, não há nada que eu possa fazer.
Meus caros, sei que essa é uma fantasia típica dos menos corajosos e com pouca experiência, por isso tenho pensado nisso e imagino algumas alternativas:
1) Pego carona no primeiro carro que passar, deixo a moto sozinha, chego em San Pedro, vou atrás de um guincho e busco a moto;
2) Mando para os meus contatos uma mensagenzinha pré-gravada no SPOT dizendo pra avisarem a seguradora e passarem minhas coordenadas (não tem como saber se eles receberam a mensagem e nem o que disse a seguradora) e fico esperando...
3) Paro um carro e peço pra ligarem para a seguradora assim que conseguirem um sinal de celular e fico esperando...
Já são 3 horas da tarde... resolvo fazer mais uma tentativa de a moto acordar e ligo a ignição. Ligou! Motor funcionou, que som maravilhoso! Mas e se não tivesse funcionado?
Obrigado pelos comentários.

[Barra]

Pega carona e vaza, passar a noite ali é a morte certa.

[P.ALMEIDA]

Fico imaginando... estou só, atravessando a Cordilheira dos Andes em direção ao Atacama via Paso de Jama... Atravessei a fronteira com o Chile e, aos 5 mil metros de altitude, a moto pifa, apagou tudo, sem sinal de vida, sem luzes no painel. Não há sinal de celular. Tenho água, algumas barras de cereais e um SPOT (aparelhinho rastreador que manda mensagens) e são duas da tarde, mês de setembro, final de setembro (não está tão frio a essa hora). Faço o que posso pra verificar algumas coisas na moto e encontrar o defeito mas não tenho experiência, não há nada que eu possa fazer.
Meus caros, sei que essa é uma fantasia típica dos menos corajosos e com pouca experiência, por isso tenho pensado nisso e imagino algumas alternativas:
1) Pego carona no primeiro carro que passar, deixo a moto sozinha, chego em San Pedro, vou atrás de um guincho e busco a moto;
2) Mando para os meus contatos uma mensagenzinha pré-gravada no SPOT dizendo pra avisarem a seguradora e passarem minhas coordenadas (não tem como saber se eles receberam a mensagem e nem o que disse a seguradora) e fico esperando...
3) Paro um carro e peço pra ligarem para a seguradora assim que conseguirem um sinal de celular e fico esperando...
Já são 3 horas da tarde... resolvo fazer mais uma tentativa de a moto acordar e ligo a ignição. Ligou! Motor funcionou, que som maravilhoso! Mas e se não tivesse funcionado?
Obrigado pelos comentários.

Alguma outra moto pararia com certeza e te rebocaria com sua corda ou esticador previamente preparados pra viagem ou ainda o mais difícil ....uma pick up pararia pra ajudar e talvez colocar a moto pesada na caçamba.... mas nunca passar a noite.... Tem muita solidariedade na estrada .

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[MarcioT]

Interessante essa hipótese. Creio que há serviço de resgate na aduana! Ou não tem?
Certamente ficar ali é que não dá!

[Rromagnani]

Eu largaria a moto é seguiria de carona ou para SPA ou para Salta do lado Argentino. No Paso Jama há algumas cabanas para emergências que talvez pudesse quebrar um galhão em uma emergência.

O Jama é movimentado... o problema seria o Sico...


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[Henri]

Se for pane de motor, você tem grande possibilidade de descer na banguela p a vertente leste ou oeste, uma vez que o trecho horizontal do passo é muito pequeno.
É uma grande descida até SPA ou até Susques. Além disso, há a aduana é um posto YPF na crista do passo, com um bom chocolate quente e apoio p transportar a moto.
Deve se evitar ficar parado com a moto la encima. As temperaturas noturnas são negativas durante todo o ano.
Abs,

[EvertonM]

Penso que as possibilidades de solução requerem boa avaliação do risco que se está correndo.
Numa situação de crise, o que menos importa é a moto. Pense primeiro em você.
E isso serve para qualquer situação, em qualquer lugar.

[André M.]

Eu tiraria meus pertences da moto e pegaria uma carona, antes marcaria no GPS o exato lugar que a moto se encontra..(através das coordenadas)...chegando na área de cobertura de celular, passaria as coordenadas da moto para a seguradora. Depois se necessário, pegaria outra carona de volta para acompanhar o resgate da moto pelo caminhão guincho.

[Olive]

A ideia de abandonar a moto e pegar carona parece mesmo ser o melhor a fazer... Apesar de a situação da moto pifada ser hipotética, a viagem aconteceu. Foi minha primeira grande viagem, realizada agora no final de setembro. Felizmente não tive nenhum problema mas fiz uma revisão completa dos meus mais diversos sentimentos, uns que não tinha há tempos e muitos que eu nem sabia que poderia ter. Foi uma experiência bastante complexa. Admito que, lá no alto da Cordilheira, passou várias vezes por minha cabeça a possibilidade de a moto pifar. Acho que o que eu faria seria mesmo pegar carona e depois veria como resgatar a moto, mas marcar a posição com o GPS...lamentavelmente isso eu não teria lembrado de fazer. Mas agora...
Também passava frequentemente pela minha cabeça o nosso Fórum, com as dicas do pessoal...muitas pessoas aqui se revezaram na garupa da moto em vários momentos. Não vou me cansar de agradecer...

[sal silva]

Ótimo tópico.Eu que viaja sozinho, as vezes me vejo no meio do nada,locais sem habitações e habitantes,da aquele pavor de pensar no pior kkkkk,adrenalina que faz parte da Aventura,mas nao é brincadeira nao,arriscamos muito.

Ali no Paso Jama tem bastante movimento,acho que pediria ajuda(carona)para me levar no ponto mais proximo de apoio,deixaria a moto na estrada e voltaria com o resgate.Ja passei em lugares que nao passa nem passarinho rs