06-12-2020, 21:37
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 07-12-2020, 07:34 por Gnegraes.)
rodpcastro Escreveu:Não sei se alguém aqui já teve esse problema, mas tem aparecido vídeos na internet relatando quebras e até motor fundido em consequência.
Ao meu ver ainda falta melhor entendimento das verdadeiras causas, mas acho que dá para tomar algumas medidas de prevenção. É do que eu falo neste vídeo.
https://youtu.be/Z9jRx495zF0
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Rodrigo,
A referência de medição de viscosidade dinâmica @ 100 graus C vem historicamente do fato que os copos de medição de viscosidade dinâmica possuem camisas de aquecimento para equalizar e manter a temperatura do óleo durante o ensaio. A temperatura de 100 graus C é fácil de se obter e manter. Hoje os viscosímetros modernos possuem eletrônica embarcada, alguns medem com precisão extrema a corrente que circula no motor elétrico que aciona um pequeno hélice que agita o fluido em teste. Copos encamisados com bicos de saída calibrados e cronômetro para medição do tempo de esvaziamento do copo são quase que coisas do passado.
A temperatura média do óleo no cárter ao ser succionado pela bomba de óleo de lubrificação é em torno de 180 graus C, isso na maioria dos motores 4 tempos de motos e de autos também.
Nesta temperatura a viscosidade dinâmica de vários óleos de motor classificação SAE com diferentes faixas de uso é praticamente a mesma, já que as diferenças de estabilidade de viscosidade de partida a frio e temperaturas ambientes elevadas se referem especificamente a estes parâmetros.
Após a partida e atingida a temperatura normal de funcionamento, todos os óleos de comportam praticamente na mesma viscosidade, que é o que interessa no funcionamento do motor e garante a manutenção de espessuras de filmes de óleo nas áreas em atrito dinâmico.
Casos extremos como por exemplo trafegar sob muito frio é solucionado com a válvula termostática que ajusta a vazão de óleo ao radiador de óleo, evitando que se resfrie em demasia e sua viscosidade aumente excessivamente.
Quando esse assunto veio à baila aqui, busquei nos dois sites alemães que faço parte saber se lá esse é um problema "congênito" deste motor. Quase não há referências/reclamações disso na Alemanha. Os motores são os mesmos, fabricados no mesmo local e com as mesmas peças e partes. Os combustíveis aqui e lá, se observadas as orientações de manual, são os mesmos.
Em minha opinião, e que coincide com as tuas observações, a diferença básica entre lá e aqui vem da nossa cultura local referente à manutenção. Pouca atenção na manutenção preventiva, uso de óleos diferentes da especificação de fábrica, negligência na frequência de troca, não observância na troca de todos os itens previstos (óleo + filtro), etc. E também na característica pessoal de pilotar, que tem papel fundamental na vida do motor.
Indaguei no site Power.boxer por que este par de engrenagens é de material plástico ao invés de ser em aço. Ninguém soube informar uma razão justificável.
Guilherme
...o que separa os homens dos meninos, é o preço de seus brinquedos...
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