11-04-2016, 09:56
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 11-04-2016, 10:02 por rodpcastro.)
Tenho uma boa coleção de quedas, inclusive agora mesmo estou recuperando da última, clavícula quebrada em 23/fev não quer consolidar, provável cirurgia daqui a dias.
1999, CG125. Viajando a trabalho para a cidade vizinha, um cachorro atravessou a pista subitamente. Interessante que eu tinha visto ele no acostamento, andando no mesmo sentido que eu. Na hora que passei ele resolveu atravessar. Eu fui pro chão, ele foi pro céu. Saí deslizando de costas no asfalto. Estava de calça e jaqueta jeans, luvas vagabundas e capacete. Ralei os cotovelos e a parte de cima das mãos. A moto estortou umas partes, guidon, pedaleira. Voltei uns 5km com ela toda torta e eu todo ralado até uma comunidade, onde recebi uns curativos e a moto foi consertada. Ainda voltei os 40km para casa pilotando . Depois desse acidente nunca mais andei sem equipamento adequado.
2002, Twister. Na mesma estrada do anterior (estrada que liga os municípios São Mateus e Nova Venécia, no ES). Voltando pra casa logo depois de anoitecer, um gol quadrado para na pista, em frente a um ponto de ônibus, sem luz de freio. Percebo tarde demais que ele parou, e perco a dianteira na freada. O gol arranca ao perceber, então não há colisão. Estava todo equipado. Danos só na moto (arranhões), nas botas, e na jaqueta, e no ego. O ponto estava cheio de gente...
2004, Twister. Na cidade de São Mateus, uma mulher atravessa uma avenida sem olhar para nada, correndo para pegar um ônibus no outro lado da via. Eu que vinha na minha tentei frear e desviar ao mesmo tempo. Claro que não dá certo. Consegui evitar o atropelamento mas perdi a dianteira e caí em baixa velocidade. Danos só na moto e muitos xingamentos à menina (que perdeu o ônibus com o susto).
2007, XLX350. Niterói, cruzamento da 5 de Julho com av. Roberto Silveira. Trânsito mega engarrafado. Voltando pra casa à noite, chuva fina. Espero o sinal abrir na frente dos carros. Ao abrir, saio olhando para o espaço entre dois carros engarrafados que pretendo passar. Só que a 3a faixa centro-bairro estava livre e por ela um Corsa avança o sinal. Nem vi. Ele bate na minha roda e eu saio voando. Caí estatelado de cara no chão. Miraculosamente não tive nem arranhões. Jaqueta, calça, joelheiras, luvas, botas e capacete deram conta, mas também a sorte. Bastaria cair com o pescoço em outra posição para morrer ali mesmo. A moto quebrou toda a frente. Depois desse acidente fiquei 5 anos sem moto, até sair do Rio.
2013, Buell Ulysses. Passeio pela serra capixaba com grupo de amigos. Esse tem vídeo, um dos amigos estava gravando. Eu acho que foi erro de frenagem, devo ter dado uma alicatada total de forma reflexa. Ralei a bunda, e tive uma bela contusão no tornozelo porque a moto caiu sobre ele. A moto deu PT porque tem peças muito caras, mas ainda voltei pra casa com ela, mais 70km.
http://youtu.be/XBNZBRqcofA
2016, Suzuki GSR125. Comprei uma motoquinha para meu filho que fez 18 anos. Indo com ele ao Detran para os procedimentos de transferência, ao passar da pista central para a lateral em Campo Grande, Cariacica (ES), olhei para ver se vinha alguém a pista lateral. Não vinha ninguém, mas quando voltei o olhar para a frente um carro tinha parado na alça, na minha frente. Freei mas estava perto demais. Bati na quina e caímos, eu e meu filho. Ele sobre mim. Caí sobre o ombro e quebrei a clavícula. Ele não teve nada, além de um raladinho no joelho.
De cada acidente eu sempre procuro ver o que aprender. Alguns ensinamentos que tomei:
1. Meu prazer pode me matar e eu não controlo todas as variáveis. Fundamental então usar equipamento completo até para ir à padaria. Nunca ando sem calça, jaqueta, luvas, calçado fechado (preferencialmente botas) e capacete. Mesmo no calor mais absurdo.
2. Não basta pilotar bem. Precisa prever a cagada alheia e se preparar para ela. O acidente de 2007 e esse último tem causa em comportamento alheio. Eu poderia ter tido mais cuidado com a possibilidade deles fazerem o que fizeram.
3. Pneus bons são fundamentais. Nunca economizar nesse item.
4. Não controlo minhas reações reflexas no freio. Vários dos meus acidentes tem a ver com frenagem. ABS é imprescindível para mim. Nunca mais terei uma moto sem esse equipamento.
5. Acidentes podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer velocidade. Meu pior acidente foi bem perto de casa e na mais baixa velocidade de todos. Precisa estar SEMPRE equipado.
6. Só COURO salva dos ralados. Cordura engana. Todas as vezes que caí com equipamentos de Cordura eles rasgaram no primeiro contato, por vezes falhando completamente em proteger. Hoje ainda uso Cordura na cidade, mas na estrada, só macacão de couro.
1999, CG125. Viajando a trabalho para a cidade vizinha, um cachorro atravessou a pista subitamente. Interessante que eu tinha visto ele no acostamento, andando no mesmo sentido que eu. Na hora que passei ele resolveu atravessar. Eu fui pro chão, ele foi pro céu. Saí deslizando de costas no asfalto. Estava de calça e jaqueta jeans, luvas vagabundas e capacete. Ralei os cotovelos e a parte de cima das mãos. A moto estortou umas partes, guidon, pedaleira. Voltei uns 5km com ela toda torta e eu todo ralado até uma comunidade, onde recebi uns curativos e a moto foi consertada. Ainda voltei os 40km para casa pilotando . Depois desse acidente nunca mais andei sem equipamento adequado.
2002, Twister. Na mesma estrada do anterior (estrada que liga os municípios São Mateus e Nova Venécia, no ES). Voltando pra casa logo depois de anoitecer, um gol quadrado para na pista, em frente a um ponto de ônibus, sem luz de freio. Percebo tarde demais que ele parou, e perco a dianteira na freada. O gol arranca ao perceber, então não há colisão. Estava todo equipado. Danos só na moto (arranhões), nas botas, e na jaqueta, e no ego. O ponto estava cheio de gente...
2004, Twister. Na cidade de São Mateus, uma mulher atravessa uma avenida sem olhar para nada, correndo para pegar um ônibus no outro lado da via. Eu que vinha na minha tentei frear e desviar ao mesmo tempo. Claro que não dá certo. Consegui evitar o atropelamento mas perdi a dianteira e caí em baixa velocidade. Danos só na moto e muitos xingamentos à menina (que perdeu o ônibus com o susto).
2007, XLX350. Niterói, cruzamento da 5 de Julho com av. Roberto Silveira. Trânsito mega engarrafado. Voltando pra casa à noite, chuva fina. Espero o sinal abrir na frente dos carros. Ao abrir, saio olhando para o espaço entre dois carros engarrafados que pretendo passar. Só que a 3a faixa centro-bairro estava livre e por ela um Corsa avança o sinal. Nem vi. Ele bate na minha roda e eu saio voando. Caí estatelado de cara no chão. Miraculosamente não tive nem arranhões. Jaqueta, calça, joelheiras, luvas, botas e capacete deram conta, mas também a sorte. Bastaria cair com o pescoço em outra posição para morrer ali mesmo. A moto quebrou toda a frente. Depois desse acidente fiquei 5 anos sem moto, até sair do Rio.
2013, Buell Ulysses. Passeio pela serra capixaba com grupo de amigos. Esse tem vídeo, um dos amigos estava gravando. Eu acho que foi erro de frenagem, devo ter dado uma alicatada total de forma reflexa. Ralei a bunda, e tive uma bela contusão no tornozelo porque a moto caiu sobre ele. A moto deu PT porque tem peças muito caras, mas ainda voltei pra casa com ela, mais 70km.
http://youtu.be/XBNZBRqcofA
2016, Suzuki GSR125. Comprei uma motoquinha para meu filho que fez 18 anos. Indo com ele ao Detran para os procedimentos de transferência, ao passar da pista central para a lateral em Campo Grande, Cariacica (ES), olhei para ver se vinha alguém a pista lateral. Não vinha ninguém, mas quando voltei o olhar para a frente um carro tinha parado na alça, na minha frente. Freei mas estava perto demais. Bati na quina e caímos, eu e meu filho. Ele sobre mim. Caí sobre o ombro e quebrei a clavícula. Ele não teve nada, além de um raladinho no joelho.
De cada acidente eu sempre procuro ver o que aprender. Alguns ensinamentos que tomei:
1. Meu prazer pode me matar e eu não controlo todas as variáveis. Fundamental então usar equipamento completo até para ir à padaria. Nunca ando sem calça, jaqueta, luvas, calçado fechado (preferencialmente botas) e capacete. Mesmo no calor mais absurdo.
2. Não basta pilotar bem. Precisa prever a cagada alheia e se preparar para ela. O acidente de 2007 e esse último tem causa em comportamento alheio. Eu poderia ter tido mais cuidado com a possibilidade deles fazerem o que fizeram.
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